A menina dançou e dançou até cansar.
Ao ouvido moço chegou segredo, baixou os olhos e as imagens lhe povoaram a mente. Riu para si.
Foi tirada para mais algumas piruetas. Ficou ofegante, sentou-se numa cadeira branca, um tanto enferrujada. Percebendo seu cansaço, os amigos fizeram gracejos, a mesa toda desandou a fazer piadinhas, que foram respondidas com os risos gigantes e desesperados dela. Temeram que ela fosse engolir a lua com aqueles lábios vermelhos tão separados, mas ela só riu de tudo até que os olhos marejassem de graça e sua água mineral sem gelo acabasse.
Ganhou carona até a casa vazia. Abriu a porta tremendo, colocou suas chaves na mesinha da sala e, olhando para o porta-retrato em cima da tv, dos olhos dela vazou mar.
sexta-feira, setembro 14, 2007
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4 comentários:
Gosto do modo como você escreve.
Obrigada =)
monte de ambígüidade nisso aí.
acho que percebi, mas meu cérebro é burro! Ah, mas acho que entendi. Acho.
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