terça-feira, dezembro 18, 2007

Mentalmente, eu não passei dos 6 anos de idade

Suspiro.
Voltei ao trabalho hoje. De fato, minhas "férias" só terminam na quarta-feira, mas troquei o dia com o outro funcionário. Férias são os 30 dias mais rápidos do ano de qualquer trabalhador. Sem lembrar que antes de sair de férias, eu digitei lembretes e afins num sulfite a4 e colei na parede do escritório para o Júlio, que eu treinei um ano inteiro. Quase no rodapé da folha, digitei os telefones do escritório dos meus chefes, além dos celulares do gerente e dos meus chefes. Três dias depois, voltei lá. Vi meu nome e meu celular em letras garrafais, azul.
Segundona:
Estou passando mal há alguns dias. Hoje, as dores pelo corpo foram piores. A dor de cabeça. A.
Meu gerente sorria. Tudo tava bom, nada era problema. Nem o cliente que me ofendeu.
A Stela me "interfonou" só pra dizer oi-tipo-bem-vinda. Mais tarde desceu para fazer confidências.
Minha chefe me ligou, simpática. Confessou baixinho: "Tá uma confusão! Todo dia isso aí tá dando errado..."
O sr. Manoel me deu presentinhos de natal.
Atendi vários dos meus preferidos (sim, se você é chato, eu te acho um chato, mesmo. Caso contrário, eu até comento com os outros sobre você, cliente legal!)
Um cliente tá indo pra Portugal amanhã.
Você quer que eu traga alguma coisa de lá?
Não, magina...
Nem um português?! (risos)
Ah! Pode trazer o Cristiano Ronaldo! E me levar pra Manchester! (risos gerais)"

Patroa, deu tudo certinho. Não tem erro.
Tem erro não. Exclua aí: meu cansaço físico-mental, minha vontade de chorar, minha vontade de trancar a faculdade, minha vontade de não falar com quase mais ninguém que tenha sido meu amigo ou colega de estudos, minha vontade de pedir demissão. Hoje, minha vontade é o não.
A não ser: minha vontade de saber viva a minha avó Ângela e o Elliott Smith.
Nenhuma das minhas vontades se realizarão. Exceto o lance de chorar, mas eu queria que isso aí passasse.

Pós-trabalho
Eu vi um ótimo amigo. Saudade grande dele. Grande, mesmo. Lá do outro lado da rua, ele sorriu. Atravessei correndo.

Eu ouvi, ouvi, ouvi. Culpa de um vizinho louco. Eu gritei com ele. Meu pai tá brabo comigo. Cheguei em casa mal conseguindo respirar.

WOHOO

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