sábado, setembro 22, 2007

O que eu fazia no segundo semestre de 2005? Nas últimas páginas do caderno:

Sintetizando o amor não-sintético
Num surto do amor não sintetizado
ou
Num surto do amor acumulado
Na loucura de dois desvairados
Na insanidade dos comedidos
Daqueles que amam em segredo
Daqueles que amaram escondido
Sabe aquela que nunca vai deixar ninguém orgulhoso?
Sabe aquela que se queima com feijão?
Sabe aquela que não serve nem pra servir pinga pura?
Se eu pudesse escolher, eu preferiria não saber.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Dreamlines

Esse é o primeiro rascunho de análise que fiz sobre a obra "Dreamlines", de Leonardo Solaas, que estava exposta no FILE.

Dreamlines é uma experiência visual interativa não-linear. Os espectadores da obra digitam uma ou mais palavras que definem o assunto do sonho que gostariam de sonhar. O sistema procura na Web por imagens relacionadas àquelas palavras, e faz com que elas gerem uma pintura ambígua, constantemente em mudança, onde os elementos se fundem num processo análogo a memória e a associação livre.

O artista Leonardo Solaas ao interagir com o público-espectador, tentando criar um sonho coletivo, credita o pensamento de Freud de que todos os seres humanos produzem arte, muito embora nem todos possam ganhar visibilidade, ou atentem compreensivamente para isso. Por isso, a representação das palavras digitadas é um tanto surrealista, exatamente como o conteúdo manifesto do sonho. Embora, os pensamentos latentes do sonho, ou seja, o significado mais profundo do sonho, aquilo que permanece inacessível ao consciente, pertençam a quem digitou determinada palavra.

De acordo com “A interpretação dos sonhos” de Sigmund Freud, por meio dos sonhos nossos pensamentos inconscientes tentam se comunicar com nosso consciente, sendo que os sonhos são formados por diversas imagens oníricas e essas nossas “pinturas pessoais” vêm do nosso cotidiano recente, dos nossos contatos mais próximos; e para um programador da Web, como Solaas, nada mais comum do que a própria Internet.

Criar um sonho coletivo mais do que interagir, é buscar o artista que dorme em cada um, pois, de acordo com Freud, todas as pessoas têm uma necessidade inata de dar à sua situação existencial uma expressão artística, dirigindo noite-após-noite sua própria arte.

Dreamlines une o “eu e o outro” através das novas mídias tecnológicas.

E agora, José?

Storyboard, Lauda. Pauta, Entrevista. Roteiro, Análise semiótico-psicanalitica.
Storyboard, Lauda. Pauta, Entrevista. Roteiro, Análise semiótico-psicanalitica.
Storyboard, Lauda. Pauta, Entrevista. Roteiro, Análise semiótico-psicanalitica.
Storyboard, Lauda. Pauta, Entrevista. Roteiro, Análise semiótico-psicanalitica.
Storyboard, Lauda. Pauta, Entrevista. Roteiro, Análise semiótico-psicanalitica.
Quando tiver um tempinho, vou comprar cordas de nylon novas e uma bag decente pro meu violão. É, dia desses meus dedos coçaram...

sexta-feira, setembro 14, 2007

Jesus, don't cry
You can rely on me honey
You can combine anything you want

I'll be around
You were right about the stars
Each one is a setting sun

Tall buildings shake
Voices escape singing sad sad songs
Tuned to chords strung down your cheeks
Bitter melodies turning your orbit around


Jesus, etc.

Das ingenuidades diárias

Aí, então, era quarta-feira, meu horário de café quando o celular tocou. No visor indicava "vó Angelina", eu tremi de alegria. Achei que minha vó tinha ressuscitado. Mas era o filho dela.
Onde é que eu vivo?
Um pouco Olívia, um pouco Eugênio, meio Anamaria, um tanto Buendía.
A menina dançou e dançou até cansar.
Ao ouvido moço chegou segredo, baixou os olhos e as imagens lhe povoaram a mente. Riu para si.
Foi tirada para mais algumas piruetas. Ficou ofegante, sentou-se numa cadeira branca, um tanto enferrujada. Percebendo seu cansaço, os amigos fizeram gracejos, a mesa toda desandou a fazer piadinhas, que foram respondidas com os risos gigantes e desesperados dela. Temeram que ela fosse engolir a lua com aqueles lábios vermelhos tão separados, mas ela só riu de tudo até que os olhos marejassem de graça e sua água mineral sem gelo acabasse.
Ganhou carona até a casa vazia. Abriu a porta tremendo, colocou suas chaves na mesinha da sala e, olhando para o porta-retrato em cima da tv, dos olhos dela vazou mar.

domingo, setembro 09, 2007

Na quinta-feira, escrevi (com caneta esferográfica) uma antiga frase no braço esquerdo: Only visiting this planet.
Tem coisa que a gente não consegue explicar. É que a gente é tão pequeno.

sábado, setembro 08, 2007

Sem ela não pode ser

Em 7 de setembro de 2007, Ângela Salles, a vó Angelina, partiu. Rainha da minha saudosa tríade de avós paulistanos deixou lembranças incríveis e saudade insolúvel.

"È stato tanto grande e ormai
Non sa morire
Per questo canto e canto te
La solitudine che tu mi hai regalato
Io la coltivo come un fiore"

Buona sera, nona.

domingo, setembro 02, 2007

Amizade é:

Quando um amigo(a) precisa muito de um favor, te procura na hora. Não importa a hora.
Quando você precisa desesperadamente de uma mão amiga, aparece o dedo imaginário de seu amigo(a) apontando pra ti enquanto tu ouve a voz dele: Screw you, dumb!
Porque custa muito responder ligações aflitas.