O cheiro da marginal, o Corinthians, a Portuguesa, a Ponte do Limão: ainda não parecia real.
Abrir a porta e ver a mama. Abrir a geladeira e constatar que tem geléia de uva do Senninha. Abrir o armário e vislumbrar goiabada de pacote e trakinas (e trakinas é raridade! nunca dá tempo de guardar!). A Lala acordar pra me ver e, ainda por cima, pedir pra acender a luz pra ver minha cor. O vento, a poluição. Estar de calça comprida e isso ser normal. O abraço do Daddy, meu sweet daddy. Jornal da semana inteira pra ler. Café com leite frio, meu pc zoado, meu quarto. As ligações para as queridas que fizeram aniversário.
Eu me sinto naufraga. Mas uma naufraga que acaba de ancorar no lugar certo (:
Tudo vai mal, tudo
Tudo é igual
Quando eu canto
E sou mudo
Mas eu não minto
Não minto
Estou longe e perto
Sinto alegrias
Tristezas e brinco...
Meu amor!
Tudo em volta está deserto
Tudo certo
Tudo certo como
Dois e dois são cinco...
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Um comentário:
Entendo você se sentir bem pelo cheiro da marginal, mas o Corinthians? Que coisa horrível! Hahahaha.
Ah, bem-vinda de volta, seja la de onde está voltando. Seja lá de onde for, espero que tenha aproveitado bastante. Mas não há lugar como São Paulo!
Beijos!
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